domingo, 19 de junho de 2011

Novelinha

Olá, cerejas! 
Aqui é a Biah Morais. Hoje eu vou mostrar para vocês o primeiro capítulo da nossa "novela" do Cereja. 
Vale a pena dar uma lida. Sofia e Marcelo prometem! 


# 1º Capítulo

“É a terceira vez que seu despertador chama de um sono profundo, com direito a sonho daqueles. Sofia deu um pulo, igual ao de um gato, quando viu que eram 6:45h da manhã. Tinha apenas 15 minutos para jogar uma água gelada no rosto, molhar o bico com leite, trocar de roupa e finalmente, pegar sua bicicleta laranja, correr e correr para a escola, pois, como de costume: sempre atrasada.
No caminho, Sofia ia pensando na vida, lembrando das tarefas que deveria ter feito e não fez, apesar de ser a primeira da classe, fazendo o papel que sabe tudo, e, sabe mesmo, ela não assistia à televisão, muito menos navegava na internet, não gostava mesmo. Achava perda de tempo, pois sua praia mesmo era ler – lia de tudo, de jornal a bula de remédio, pois acreditava que aprendia mais lendo do que vendo. Tinha outra mania, gostava de escrever; escrevia tudo que lhe vinha à cabeça em um caderno de capa dura, cor amarela, em que também escreve todos seus segredos mais profundos. Esconde de tudo e todos, com medo que descubram seu verdadeiro eu.
Depois de repassar todo horário de aula, mentalmente, lembrou que teria uma prova, logo na primeira aula, prova de Português, - “fácil, tudo de letra” – pensou alto. Mas tinha outro detalhe, está atrasada e provavelmente, chegará à segunda aula.
Não se preocupou muito, pois sabia que era só contar uma longa desculpa a professora, que permitiria fazer na próxima aula, mesmo assim precisava apertar o passo para chegar a tempo na segunda aula.
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Na sala da diretora, Marcelo, encontrava-se cara a cara com Dona Lúcia, diretora da escola Cesário, há mais de 10 anos, conversando sobre sua situação atual na escola:
            - Bom, senhor Marcelo, pelo o que eu observo aqui no seu boletim, sua situação está perigosa. Nem sei como você passou para o 3º ano! – exclamou com indignação.
            Marcelo mostrou-se quieto e de cabeça baixa.
            - Suas notas... todas vermelhas. – Lúcia passando o olho no papel que imprimia as notas deste primeiro bimestre.
            - Não sei mais o que fazer com você. É a quinta vez que chamo o senhor aqui. É bagunça, falta, resposta mal educada para professor, não faz nada nas aulas, só sabe dormir. – falou a diretora, com tom mais firme. Precisamos fazer alguma coisa! Se não, você não vai ficar aqui mais um ano! Porque não vou deixar passar aluno que não faz nada.
            Dona Lúcia começou a folhear outros boletins, dos alunos de sua classe, 3ºD. Percebeu Sofia, com suas notas excelentes, apenas notas azuis que escrevia apenas o número 10, em todas as matérias. Separou de lado.
            - A solução é chamar mais uma vez seu pai – falou friamente.
            - Não, meu pai não, por favor! – gritou Marcelo desesperado.
            - Mas é a única solução. – insistiu Lúcia.
            - Não sei. Eu juro, juro mesmo que vou melhorar, juro. – Prometia Marcelo super desesperado.
            - Promessas não irão adiantar, e nem me comover. – deu uma pausa e voltou a dizer- Porque não quer que eu chame seu pai? Posso saber? – falou encarando-o.
            Marcelo respirou fundo e disse:
            - Mais uma vez ele vai ficar falando um dos seus sermões decorados, enfatizando que eu não presto para nada, que sou um vagabundo, que só penso em sair, em pedir dinheiro, que minha mãe deixou uma bomba em suas mãos... – disse com a voz embargada, quase chorando, mas dão deixou cair uma lágrima, pois erro homem; sustentando o clichê que homem não chora.
            - Entendi – falou Lúcia entendendo o drama, pois sabia como era o senhor Massulini, um homem de pavio curto, também se lembrava das outras vezes que o chamou em sua sala. – Tenho uma outra solução então, mas vai precisar de seu comprometimento e palavra.
            - Qual? Eu aceito qualquer outra solução, do que chamar meu pai, até trabalhar na cantina de graça eu trabalho. – disse Marcelo com ansiedade.
            - Ahhh ... Tá ai a solução. Boa, gostei da sua. – Falou a Dona Diretora com ar de descontração e risos. – Não, mas não é esse. Observei que em sua sala tem uma menina de nome Sofia, uma muito estudiosa, só de nota azul, que tenho certeza que, de bom coração que é, o ajudaria a melhorar sua nota. Estou falando de um reforço para você melhorar estas notas horrorosas. É aceitar ou chamar seu pai. Ah, lembrando que seria um trato entre mim e você.
            - Sofia, estudar ou meu pai? – exclamou Marcelo com desdém.
            - É aceitar ou largar!
            - Sofia, a menina mais nerd, louca, lerda, boba, estranha...
            - Vai continuar as ofensas? Já t expulso desta escola já. – Gritou Dona Lúcia muito nervosa.
            - Não tem outra pessoa? – perguntou Marcelo.
            - Não, ela é uma boa pessoa, educada e sei que vai dar conta do recado. – afirmou a diretora.
            - Tá bom, vamos ver o que dá. – Afirmou Marcelo com má vontade. – Só de não aturar meu pai falando já basta.




Espero que gostem! Comentem para nós termos uma ideia da aceitação da novela! rs 
Beijos, beijos, até o próximo domingo.  



''O maior problema de esperar, é nao saber o quanto...''

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